O vale do rio Urubamba, a nordeste de Cusco, é conhecido
como Vale Sagrado dos Incas. Lá se espalham cidadezinhas pitorescas e diversas
ruínas de santuários e fortalezas construídas com gigantescas pedras. Essa é
uma das partes mais importantes da viagem e você não pode perdê-la. As paisagens
são espetaculares, com picos nevados, vales e aldeias rodeadas de plantações em
terraço, uma técnica de irrigação avançada herdada dos incas.
Os principais centros de interesse são Pisac (o mercado e as
ruínas), Ollantaytambo e Chinchero.
Pisac A 33 km de Cusco. Os dias certos para ir a Pisac são
domingo, terça e quinta-feira, quando o mercado índio está funcionando. Pisac é
uma cidadezinha conhecida por seu mercado de artesanato e também pelo complexo
arqueológico, o mais importante do Vale Sagrado.
É possível, de táxi, chegar até Quanchisraquay, um ponto
relativamente elevado das ruínas. Os mais decididos podem encarar a subida,
cansativa também em razão da altitude; os mais práticos, mas que fazem questão
de fazer o caminho a pé, podem simplesmente descê-lo. Muito melhor! Outra opção
é alugar cavalos: informe-se na Plaza de Armas.
Pisac O conjunto de Pisac compreende restos de muralhas,
túneis e centros cerimoniais espalhados pela encosta da montanha. No alto fica
o monumento de maior importância de Pisac, o Templo do Sol (Intihuatana). A
vista, vale insistir, é maravilhosa. Repare no calendário solar, esculpido na
rocha, na parte central do santuário.
Você verá, ao passear pela área arqueológica, um curioso
cemitério, um dos maiores do Peru pré-hispânico. No lugar de enterrar os
mortos, os incas os colocavam em buracos de paredões rochosos. A maioria desses
túmulos foi saqueada. O mercado de Pisac é bastante animado e colorido, com
tendas onde se vendem pratas, cerâmicas, roupas, reproduções de peças
arqueológicas, estatuetas de madeira, objetos de couro etc.
Awana Kancha
Km 23 da estrada
entre Cusco e Pisac. O empreendimento visa resgatar e manter técnicas
tradicionais de fiação, tingimento e tecelagem de lãs de camelídeos. Você
poderá ver artesãos de diferentes comunidades andinas executando as diversas
fases da produção de belíssimos tecidos. No curral, passeia-se entre lhamas,
alpacas e vicunhas. Os artigos fabricados no Awana Kancha são vendidos ali
mesmo. Os preços relativamente elevados são compatíveis com a alta qualidade
dos produtos.
Ollantaytambo A 97 km de Cusco. O conjunto monumental é
composto por uma fortaleza, um centro religioso e uma área residencial situados
em local estratégico, dominando o Vale Sagrado do alto de um desfiladeiro. O
acesso se dá por uma escadaria de pedra. Aos seus pés, junto da aldeia atual,
corre o rio Urubamba.
A subida pela escadaria pode ser cansativa, mas a vista do
alto compensa. De importância histórica, Ollantaytambo foi uma das bases da
resistência das forças de Manco Cápac contra os espanhóis, embora não estivesse
completamente acabada quando estes invadiram o império. A prova disso é que
blocos enormes estão espalhados entre a fortaleza a e a pedreira, a 10 km dali.
Na aldeia de Ollantaytambo vivem os descendentes dos antigos habitantes da
fortaleza, que conservam até os dias de hoje costumes herdados de seus
ancestrais. Por isso mesmo o lugar é conhecido como Pueblo Inca Vivo.
Outra curiosidade é que lá se manteve a tradicional
organização dos ayllus incas, com a divisão do povoado em duas partes, uma de cada
lado do rio. Em Ollantaytambo funciona um pequeno mas interessante museu, que
aborda de forma didática a cultura local. Pelo interesse que representa, a
cidade pode ser um lugar onde passar uma noite. Além disso tem, de trem, acesso
a Machu Picchu (Águas Calientes).
Chinchero A 28 km de Cusco. A cidadezinha conserva um sítio
arqueológico inca, de interesse relativo depois que você viu outros. No
entanto, compensa conhecê-la, pelas paisagens do caminho, pela arquitetura em
adobe e o mercado super colorido, mais autêntico que o de Pisac. Não deixe de
ver a catedral, em boa parte construída com adobe, e sinta o clima místico de
seu interior. Bem ao lado há ruínas incas. Na Plaza de Armas funciona um
pequeno museu arqueológico.
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